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Rio-2016 'reza' para que votação do impeachment não ocorra durante Jogos


"Rezamos para que a votação do impeachment ocorra antes dos Jogos. E se essa prece não for atendida, rezamos para que seja depois dos Jogos".
A esperança foi manifestada nesta terça-feira (28) em Washington, nos Estados Unidos, pelo diretor-geral do comitê organizador da Rio-2016, Sidney Levy.
Ele contou que abordou o assunto "pessoalmente" com o presidente interino, Michel Temer, e que o COI (Comitê Olímpico Internacional) fez o mesmo, mas reconheceu que não depende dele, e sim do Senado. O receio é de que o impeachment desvie a atenção dos Jogos.
"É uma pena, quando é que vamos ter de novo Jogos Olímpicos no Brasil?", disse a jornalistas brasileiros. "Não acho que pode arranhar a imagem dos Jogos, mas seria uma pena, um desperdício de energia".


A abertura dos Jogos caberá ao presidente em exercício, mas segundo Levy, a presidente afastada, Dilma Rousseff, e todos os ex-presidentes foram convidados. Nenhum confirmou presença, o que já foi feito por cerca de 60 chefes de Estado de outros países, acrescentou o diretor-geral da Rio-2016.
Levy veio à capital dos Estados Unidos para uma ofensiva de relações públicas, cujo objetivo é reduzir as preocupações internacionais em torno da Olimpíada, sobretudo em relação a zika. Numa rodada de entrevistas à imprensa, entre eles CNN e BBC, ele disse que chegou a se aborrecer, dada a insistência com o vírus.
A questão, obviamente, voltou a ser levantada durante um debate aberto ao público do qual ele participou nesta terça em Washington, quando ressaltou que considera a preocupação internacional exagerada. Passar essa mensagem foi o que motivou Levy a fazer esta visita-relâmpago aos EUA.
"Achamos que há comentários negativos demais", disse.
Levando em conta que a Olimpíada será realizada no inverno, quando a incidência do mosquito transmissor é baixa, ele afirmou que não incluiria o zika numa lista das dez maiores preocupações para a Olimpíada.
"A proliferação está caindo e neste momento o número de casos está próximo de zero".
Sobre a crise financeira no Rio, que levou o Estado fluminense a declarar estado de calamidade pública, Levy acredita que não haverá impacto significativo nos Jogos, pois o mais importante é o nível municipal.
"A cidade do Rio é que está fazendo comigo a Olimpíada", afirmou, explicando que com o Estado ficaram a segurança e a limpeza da baía de Guanabara.
A segurança dos Jogos contará com um efetivo de 85 mil pessoas e inclui a colaboração de agências de inteligência de cem países, que já estão no Rio, afirmou Levy. Para ele, o risco maior, "como em qualquer lugar hoje", é o chamado "lobo solitário", um terrorista que é difícil de deter por agir sozinho.
"Diferentemente do zika, a segurança está no topo da minha lista", disse.
No caso da baía, afirmou que, embora a meta de limpeza não tenha sido alcançada, o que foi feito ficará como um dos legados da Olimpíada no Rio.
"Até 2009 nós estávamos limpando o esgoto que entra na baía em 20%. Fizemos uma promessa pública de chegar a 80%. Nós fracassamos. Mas saímos de 20% para 50%, está muito melhor do que antes e chamamos atenção para o problema, que agora está no topo da agenda", afirmou.
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