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Após ataque na França, Brasil vai rever plano de segurança para os Jogos

Raul Jungmann diz que atentado é motivo de preocupação e medidas adicionais devem ser tomadas


Militares das Forças Armadas participam de exercício para a atuação no policiamento ostensivo durante os Jogos


BRASÍLIA - O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Sérgio Etchegoyen, afirmou, nesta sexta-feira, que o plano de segurança para a Olimpíada do Rio será revisado após o atentado desta quinta-feira em Nice, no Sul da França que deixou mais de 80 mortos. Segundo ele, a população terá de trocar “um pouco de conforto por muita segurança”.

Em entrevista no Palácio do Planalto, o general reafirmou que o Brasil está pronto para os Jogos, e informou que o presidente interino, Michel Temer, convocou uma reunião para a tarde desta sexta-feira com os ministros da Justiça, GSI e Defesa. Temer está em São Paulo.

O atentado em Nice preocupa a nós também. Acompanhamos todos os fatos e tiramos algumas lições. Vamos ter que revisar procedimentos, ampliar barreiras, as revistas, vamos ter que ter uma segurança muito mais rígida. Infelizmente isso pode ser uma dificuldade a mais e um transtorno para as pessoas, mas é para o bem e para a segurança delas — afirmou o ministro da Defesa Raul Jungmann, em entrevista à rádio CBN.

O general Etchegoyen afirmou que quem irá aos Jogos Olímpicos no Rio e em outras capitais onde haverá jogos de futebol da Olimpíada poderá ter que passar por mais revistas pessoais ou fazer caminhadas mais longas por conta de vias interditadas para veículos. Ele disse que a Abin está preparada para, se for necessário, fazer comunicados à população nos próximos 21 dias - até a abertura dos Jogos.

O ministro do GSI acrescentou que um oficial de inteligência da Abin está a caminho da França para receber mais informações do serviço de inteligência local. Além disso, o embaixador brasileiro em Paris está solicitando essa reunião. Devido ao atentado nesta quinta-feira em Nice, o presidente francês, François Hollande, prolongou estado de emergência por mais três meses.

Ele explicou que o ataque da noite desta quinta na França mostrou às autoridades que um caminhão foi usado "como uma arma terrível":


O primeiro grande ensinamento da tragédia de ontem é a simplicidade logística. Um caminhão não é uma arma. Não se trafica um caminhão. Não se atravessa a fronteira escondendo um caminhão. Enfim, foi usado como uma arma terrível — declarou o ministro, e completou: — Estamos revisando o planejamento não porque esteja mal feito, mas porque temos o dever, por causa do que aconteceu, de identificar lacunas.


PLANO DE ATENTADO NO RIO

Nesta quinta-feira, Raul Jungmann afirmou, em entrevista à rádio CBN, que o governo brasileiro estava cobrando dos serviços de informação e de inteligência da França que confirmem ou desmintam a notícia de que um brasileiro do Estado Islâmico planejava um atentado contra a delegação francesa durante a Olimpíada do Rio. A informação foi divulgada pelo jornal “Libération”, nesta quarta-feira, O periódico teve acesso a um inquérito parlamentar. Segundo a publicação, o conteúdo foi revelado durante uma audiência a portas fechadas em 26 de maio com o chefe da direção de informações militares (Direction du Renseignement Militaire), o general Christophe Gomart, em uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre os atentados de 2015, na França.
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