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Ceará tem série de ataques a ônibus e forças de segurança


As forças de segurança do Ceará estão em alerta máximo após uma série de ataques nos últimos dias que resultaram em dois policiais baleados, além de carros, delegacias e guarda municipal tendo sido alvo atentados tanto em Fortaleza quanto em outras cidades, como Caucaia e Sobral. Ônibus também estão sendo queimados-- pelo menos seis foram atacados desde o início de atentados, cinco deles entre a noite desse domingo (17) e a madrugada desta segunda-feira (18). 
Segundo informou na manhã desta segunda-feira (18) a rádio "CBN/O Povo", de Fortaleza, em cinco dias foram registrados 15 atentados contra forças policiais, como ataques a carros e a policiais, além de fugas e motins.
Os casos ainda são investigados, mas a principal suspeita é que os ataques tenham sido coordenados, e a ordem tenha partido de dentro de presídios do Estado --onde o governo adota uma série de medidas disciplinares e de controle, que teriam gerado revolta entre os detentos. Medidas de enfrentamento a facções organizadas também teriam causado reação por parte dos criminosos.
Essa é uma segunda grande crise da segurança em dois meses. Em maio, pelo menos 14 presos morreram e presídios foram destruídos do Ceará após uma greve de agentes penitenciários. Após a destruição dos presídios, as delegacias do Ceará passaram a acumular presos e enfrentam superlotação e protestos dos policiais. 
Em um dos ônibus atacados, a polícia encontrou uma carta, assinada pelo "crime do Estado do Ceará". Nela, o "crime" diz que se o governador (Camilo Santana, do PT) "não parar com a opressão dentro do sistema penitenciário, se não tirar esses policiais de dentro da cadeia, vamos transformar o Estado do Ceará no caos e não vai ter mais paz". A carta cita ainda que há presos sendo "espancados, oprimidos e mortos" nas cadeias.

Casos

Os ataques começaram no dia 13, quando uma delegacia em Caucaia, na Grande Fortaleza, foi atingida por tiros. No dia seguinte, foi a vez da sede da Guarda Municipal de Fortaleza ser alvo de disparos. No 27º Departamento de Polícia, no bairro João 23, dois carros foram queimados no mesmo dia; e um ônibus também foi incendiado em Itaitinga. Uma delegacia de Sobral (a 232 km de Fortaleza) também foi atingida por tiros.
Na sexta-feira (15), dois policiais em serviço foram baleados no bairro Antônio Bezerra, na capital. Eles empurravam uma moto com suposto defeito a um posto quando foram atacados. Outras três pessoas foram atingidas por tiros.
No mesmo dia, em Caucaia, na Grande Fortaleza, um policial da reserva foi morto após ao reagir a um assalto, mas o caso não teria ligação com os ataques.
Na madrugada do sábado, 16 presos serraram as grades escaparam pela garagem do 3° Distrito Policial, no bairro Otávio Bonfim. Ainda no sábado, o 7º Distrito Policial, no Conjunto Vila Velha, em Fortaleza, foi alvo de disparos. Imagens de uma câmera de segurança flagraram o momento em que um homem desce de uma moto e efetua disparos.

Na madrugada desse domingo, um carro da Polícia Militar foi atacado no bairro Panamericano. Houve troca de tiros, mas os três policiais que estavam em não ficaram feridos. Os criminosos fugiram.
Por conta dos ataques, a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social orientou que os policiais façam rondas com duas viaturas. O objetivo é intimidar criminosos para evitar ataques.
Em nota, a Associação dos Cabos e Soldados Militares do Ceará disse que os ataques são de "facções criminosas", que "investem contra policiais militares, bem como a realidade de vários policiais militares que não possuem armamento próprio ou mesmo colete para sua proteção". "Acreditamos que como medida emergencial e urgente por parte do comando da corporação e da Secretaria de Segurança Pública o acautelamento de pistolas e coletes para os policiais militares do Ceará", informou.
Segundo o programa "Bom Dia, Ceará", da "TV Verdes Mares", cinco ônibus foram atacados das 20h desse domingo até a madrugada desta segunda-feira (18) --três deles em Fortaleza e um em Pacajus, na região metropolitana da capital.
O porta-voz da Polícia Militar, tenente-coronel Andrade Mendonça, informou aoUOL que somente a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social poderia falar sobre os ataques.
Procurada no início da manhã, a secretaria informou que só poderia se pronunciar após pedido oficial por e-mail. Até o momento, a reportagem não recebeu retorno.
Nas redes socias, os internautas revelam medo com a onda de violência. "Se vive assombrado na Grande Fortaleza! Em nenhum lugar você está seguro: a pé, no ônibus, no carro", disse Rayane Cordeiro. "De fato, o Estado perdeu a guerra para o crime organizado", opinou Gabriel Brandão. "Estou assustada com tanta violência em Fortaleza. O crime organizado toma conta da cidade, e nossa polícia já não tem mais controle", completou Luciana Carvalho.
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